terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Menos é mais

Essa singela canção nos transmite a sensação de sentir a energia circulando. Experimente. É fácil. A letra começa em 1:11. É como dizem: “menos é mais”.

Ai No, Sono (愛の園 – Jardim do Amor)


 
Letra

愛の園 Jardim do Amor Garden of Love
Kibo-ni afure
ikiru yorokobi

Shiawase ni michi te

Ai no rakuen

Subete no kokoro ga
Ai o wakachiau

Shizuka ni mimi katamuke yo

Ai no komori uta

Kimi sasoi yobikakenu

Ai no sono
Existe um jardim
onde todo coração pode

Compartilhar da alegria de dar

É como nenhum outro
Tem amor a lhe cobrir
Não tem preço por existir

Ouça cuidadosamente e você poderá ouví-los cantando a sua canção

Chamando você a adentrar o seu jardim cheio de amor
There is a garden
Where every heart can
Share in the joy of giving
It like no other
Has love to cover
Bearing no price on living
Quietty listen and you might hear them singing their lullaby

Calling for you to join in their love filled garden


Agora, com um coro de crianças,
em gravação original de 1979


Ai No, Sono (愛の園 – Jardim do Amor)




Você pode querer ouvir também o Mantra da Paz, com Tina Turner e coro de crianças:



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Sarvesham Svastir Bhavatu (Mantra da Paz)

Feliz Ano Novo!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Upgrade de Deus para Versão 4.0 - Changelog


Eu acredito em Deus... Mas não sei se o Deus em que eu acredito é o mesmo Deus em que acredita o balconista, a professora, o porteiro.

O Deus em que acredito não foi globalizado.

O Deus com quem converso não é uma pessoa, não é pai de ninguém.image
É uma ideia, uma energia, uma eminência.
Não tem rosto, portanto não tem barba.
Não caminha, portanto não carrega um cajado.
Não está cansado, portanto não tem trono.

O Deus que me acompanha não é bíblico.
Jamais se deixaria resumir por dez mandamentos, algumas parábolas e um pensamento que não se renova.

O meu Deus é tão superior quanto o Deus dos outros, mas sua superioridade está na compreensão das diferenças, na aceitação das fraquezas e no estímulo à felicidade.

O Deus em que acredito me ensina a guerrear conforme as armas que tenho e detecta em mim a honestidade dos atos.
Não distribui culpas a granel: as minhas são umas, as do vizinho são outras, e nossa penitência é a reflexão.
Ave Maria, Pai Nosso, isso qualquer um decora sem saber o que está dizendo.

Para o Deus em que acredito só vale o que se está sentindo.

O Deus em que acredito não condena o prazer. Se ele não tem controle sobre enchentes e violência, se não tem controle sobre traficantes, corruptos e vigaristas, se não tem controle sobre a miséria, o câncer e as mágoas, então que Deus seria ele se ainda por cima condenasse o que nos resta: o lúdico, o sensorial, a libido que nasce com toda criança e se desenvolve livre, se assim o permitirem?

O Deus em que acredito não é tão bonzinho: me castiga e me deixa uns tempos sozinha.
Não me abandona, mas me exige mais do que uma visita à igreja, uma flexão de joelhos e uma doação aos pobres: cobra caro pelos meus erros e não aceita promessas performáticas, como carregar uma cruz gigante nos ombros.
A cruz pesa onde tem que pesar: dentro. É onde tudo acontece e tudo se resolve.

Este é o Deus que me acompanha.
Um Deus simples.

Deus que é Deus não precisa ser difícil e distante, sabe-tudo e vê-tudo.

Meu Deus é discreto e otimista. Não se esconde, ao contrário, aparece principalmente nas horas boas para incentivar, para me fazer sentir o quanto vale um pequeno momento grandioso: um abraço numa amiga, uma música na hora certa, um silêncio.
É onipresente, mas não onipotente.

Meu Deus é humilde.
Não posso imaginar um Deus repressor e um Deus que não sorri.
Quem não te sorri não é cúmplice.

“Eu acredito em Deus”, por Martha Medeiros


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Colaboração de Regina Lúcia Moura Fernandes
Imagem do livro O Reino dos Deuses, de Geoffrey Hodson